domingo, janeiro 28, 2007



Desenvolve-se nela muito do que há em mim;
grandes gotas de movimentos,
curvas corporais

e o bailado complicado do humor.

É tão mais hábil,
preparada para sorrir e lutar
que me deixa sem jeito.
Deixa sem jeito até o meu jeito de amar.

Todas as gafes que ainda cometo
não são suficientes para diminuir-lhe
o brilho,
e espero que não seja
nunca.

É minha amada e é assim;
no jeito intruncado da vida,
que ela saiba
sempre,
que viver sem ela é viver
sem mim.

sábado, janeiro 27, 2007

todo humano deveria sentir-se assim....

humano em desenvolvimento


obra de Ed Sartori

quinta-feira, janeiro 25, 2007

"...um homem pra chamar de meu,
mesmo que seja EU!"



Porq é bom ter a mente-coração preenchida
de tesão,
invadida de carinho,
com vontade de dar flores roubadas, sentir o cheiro,
beijar o pescoço,
escrever uma carta e selar com minha lingua
rosada.
Musicar os dias com impulsos intensos de estar
tranquila e expandindo a vida nas mãos dadas.


Para não cair no
poço fundo que o desejo quer,
num corpo qualquer,

me encontro comigo e digo: hoje, quero você!
Só larga os sapatos quem sabe andar descalço.




Casca de pé engrossada
na lida do dia a dia pois esse,
não é um país de rima.
É um país de contra-tempos.
A música da boa é sempre
senhora e com pouca
firula, coloca rítmo na cultura
com tapas de sobrevivência,
com tesão na resistência com
unhas crescendo em curva,
em diagonal,
dançando!
Os sapatos pretos dos ternos
são caixões que escondem os
vivos assassinos,
os ladrões,
os
mortos calçados.
Ficarão um dia cansados?
Só debaixo de muitas rosas com
proseco no cangote.
Mas nós,
nós andamos descalços,
casca grossa e pandeiro.

Só larga os sapatos quem sabe andar descalço.

domingo, janeiro 21, 2007



Palavrear é muito melhor quando se tem alguém
a te falar,

ouvidos a ouvir.
Quero responder perguntas, ficar em dúvida.
Quero entender como se encaixa o A no B quando
o vazio penetra denso o espaço das pedras palavras.
Me sinto o pão de açucar se derretendo por dentro.
Você, nem ninguém vai ver.
Pedra sobre pedra que o geólogo descobriu
as partes que dançam, sem divulgação científica.
E veja só: eu só, uma pedra dançante,
dura por fora,
oculta me instigando.
O Belo não me cura da curra da solidão.




Maristela Trindade imagem: Ivens Machado

sexta-feira, janeiro 19, 2007

I Feel Like Saying A Beatnik Poem 1950's B Movie Style

I'll do like this

quinta-feira, janeiro 18, 2007



Uma página abandonada por falta de fantasias!
Uma fantasia abandonada por ser tão real!

Letra alegórica é me perder na estrada com você sem sequer desejar
de tanto mar, de tanto sol no seu nome!

Vem cá!? Vamos brincar com a verdade!
Sorri e me dá uma carona no seu astral-delícia-tanta,
que não guarda tempo de sentir qualquer agulha te espetar.

Você faz qualquer jogo virar!
Estico o polegar pra você e a alegria ri, ri, ri...!
Me tira de dentro dessa parede cinza
que atrás dela moram as cores e periga nos beijar!
Que mal fará trocar o rivortril pela tua bioquímica viciante, apenas por uns instantes?

Cada pedaço teu tem me lembrado que posso andar de cabeça baixa sorrindo.
Castanhos são teus olhos vivos, como os azuis de mar...
Castanhos como os meus tão comuns, vibrantes a te olhar!

Criança, você me trás dança!
Rapáz, você trás mais! Homem, você trás tudo!
Só quero a carona e os acasos porque sou paixão rápida nos rastros dos teus pneus e aí...
...e aí é correr, nêgo; ipanema botafogo lagoa .... sartar fora
jogando um sopro de beijo no doce perigo da tua direção.
Escrever então!
Você me faz um bem danado!

domingo, janeiro 14, 2007


ABRO O TEU LIVRO,
MEDITO.

RABISCO COM PENA
BRANCA
O PAPEL ONDE NUNCA

ESCREVI.

ACHO QUE ENCONTREI UM

PEDACINHO DE EU
NO
TEU NAVIO.
ÍNFIMO,

INTEIRO.


Para Pedro Lage