domingo, setembro 24, 2006

Robson Leite



A Vida Veja

e que essa carícia seja
em seu sorriso
o olhar preciso
de um beija-flor

sua poesia deixa
você nunca
morrer
de amor

e o silêncio agora
espelha em
seus olhos sonho, o brilho
ileso de uma boa idéia.

(p/Maristela Trindade)


Deste poema não traço maiores comentários, é uma forma de carinho possível que o Rocinante me permitiu. O trabalho que o ilustra é de Fabrice Langlade e expõe de maneira ainda mais clara a delicadeza que eu quis para o poema. É isso. Robson Leite

................

Recebo presentes que esbarram em mim, mesmo que o endereço eu não seja o meu.
Um poema que não sei de quem "É' ou se vai para alguém "UM" mas, o recebo sem tomar posse e me engrandeço.
Também não negligencio a minha fáscia e digo que tem certos alguns que citam meu nome.
Aí, eu me deleito por completo e quase tenho prazer em ser gente.
Por isso eu digo bem alto e forte que
eu
amo r
o bssssss
on
leite!

sexta-feira, setembro 22, 2006

Ratificando!!!!!!!!!!!!!!!



O movimento Ratos di versos tem sido minha casa emocional e meu abrigo quinzenal, que é quando os eventos acontecem.
Além de nós e nosso vício de escrivinhar, recitar e comemorar, lá aparecem aqueles que nunca pensaram em fazer o mesmo por medo ou inibição, e fazem! O que é um dos grandes prazeres do lugar e dessa vida.
Fico pensando nas coisas que não tenho coragem de fazer e os percebo sentindo o mesmo e mudando. Em um pequeno tempo inesquecível e passível de ser revisitado, movimentam o rumo da história que nos encolheu tanto, através de uma educação social caolha incapáz de assimilar diferenças e apoiar positivas mutações. Tornou-se útil e rentável criar patologias crescentes.
Pois bem! No Beco, como em alguns outros lugares, eles pegam o microfene e recitam e falam e mandam recados poéticos para as mães no Ceará que vão ouvir seus corações vibrando na ressonância do som.
Poema coletivo que ninguém assina como seu, para ser nosso!

Intermezzo

palavras feitas e trazidas para o beco:
verbos nuncar, amar, desfuturar, cervejar,
furar, chuvar, cruar, pensar, escrivinhar,
recitar, gozar e ratificar óbviamente!

sexta-feira, setembro 15, 2006

Gaiolas fora > zero

O amor, mesmo o branco, é vermelho.
Vermelho.
Eu digo que te amo e digo "não te quero".
Não quero seu amor nem quero o meu.
Eu muito menos "quero" do que amo.
Não quero sua gaiola na minha cabeça.
Tão pouco nossas cabeças em nenhuma gaiola.
O amor sendo mundano te penetra,
sem pertences, sem tridentes, me acerta.
Faz parte do "eu amo" e não do eu quero.
Eu muito menos "quero", do que amo.
O amor, mesmo o branco, é vermelho.
Vermelho.
Te amo.

Q caras legais!!!!!!!!!




vulgoQinho&OsCaras

será fé? será alma? será espiritismo?
É som, baby! muito sommmmmmmmmmmmm.........


maristela trindade

quarta-feira, setembro 13, 2006

Satyri com

VER NA TRILOGIA EN-TRI-DENTES ao Cubo

dedicado a Tom Waits, Carluxo registrado, Lou Reed, jujubinha hollanda, Tavinho Paes, Dandan, Dudu, D. Ratão Dalbertão, Maurição, Marcelo Nietzsche, Gean, Bianikite, Chacal, Bayard, Robson Leite, Saulo, Pedro Lage, Priscila Andrade, Clauke, a mim, aos sonhossssssssssss bons, Felline, Win Wenders, David Lynch, Luiz Buuuuuuuuuuu e LA NAVE VÁ!
amanhã eu conserto ooos erros ortográficos com martelos!
bjs

Trilogia en-tri- dentes ao Cubo" - Barracudas



Barracudas mais velozes que a luz voam felízes enfeitando o céu, te enganando nuvens. Quando o vento pára elas freiam disvertindo-se nem ligando para o sol. Pegam então seus anzóis e jogam em direção a terra sem critérios do que virá. Talvêz, o imaginário infantil, sonhos adolescentes, homens à beira da loucura, mulheres latentes! Foi assim que as danadas capturaram em cheio meu útero. Mas elas nunca tomam posse da pesca. Nada para si. Querem apenas fazer pular como marionetes, torcer como roupas para o varal, ouvirem os sons de todos os tipos que tais pilhérias provocam. Quando o vento volta propondo novos razantes, as danadas soltam os molinetes que despencam lá de cima e todos que estavam pendurados caem com amnésia total. Quando se é pescado, vive-se sensaçõe absurdas!
O útero de uma mulher, a alma de homem, animais e plantas, oscilam entre agonia e gôzo sem nada entender.
Como sei que elas existem? Eu as vi acima das asas do avião e as águias em fuga me deram a deixa. AH, Barracudas danadas! Não se condena nada que venha do alto até porq é existência inimaginável.
Sêres de barbatanas voadoras, disfarce de nuvens!
É da natureza do incomensurável.
Como nós.
Nada irá retê-las!
BARRACUDAS!

Trilogia en-tri-dentes ao Cubo"- D, Quixote

Levanta aguda tua lança - alma que desconheço.
Atravessa a parte mais ressecada do teu cérebro, perfura tuas críticas e a dos outros - principalmente as mudas que são mais noscivas.
Arranca sem pena a vida do medo no coração infantil pois ele está morto.
Tudo em apenas alguns minutos já que com fantasmas não há mais tempo a perder.
Ouve a louca lua. Ouve louca, a lua.



Trilogia en-tri- dentes ao Cubo" -ÁRDuO


Lua metade caldeirão vermelho,
cozinha minhas horas que não voltam
para dar de presente a minha bruxa irmã!
Mas uma vez tomo corpo nesse corpo ainda
meu e volto oculando caminhos mais rígidos
de liberdade e força pra que tu não atue mais
sem o meu consentimento.
Voce lua, verá sua luz em mim durante o dia
assim que o sol do dia certo chegar.


Trilogia en-tri- dentes ao Cubo"- Nêgras belas flores

Rego as flores nêgras que nascem no meu jardim.
Não me venham com morbidêz! Nêgra é a cor das flores de cá. São naturais da tera e não as arranco já que elas cercam meu castelo. Sim! Moro num castelo e nele amanheço ,e por ele zelo diariamente, depois adormeço repetindo a façanha na aurora.
Não! Não é uma prisão.
É meu legado, minha fortuna.
De todas as fugas necessárias ao crescimento, gira-mundo me foi voltar!
Se o castelo cair, voce vai cuidar de mim? E quem é voce que nunca vi por aqui?
Quanto inquérito?
Eu sou eu, apenas resultado!
Uma mulher em seu castelo com flores nêgras e um regato.


Trilogia en-tri- dentes ao Cubo" sommmmmmmmmmmmmm


Velóz na contra-mão das
palavras, encontro os sonssssssssss.
Lá está a alma,
pedaço inconquistável que não junta letras,
que nem sílaba é!
A escrita vem dessa desconstrução: acordes rascantes,
repetitivos, insistentes,
que perfura sentenças até encontrar o que preciso.
Preciso não é e nunca será.
Navegável, transitório...marulhento somssssssssss


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Trilogia en-tri- dentes ao Cubo" Hoje NÃO!


Não. Hoje não!
Hoje só saio de casa afogada depois de esganar meu desejo em cima do azulejo .
Hoje não. Eu fico pois quero muito sair.
Vou guardar a chave da porta. Sê for, terei que voltar. Voltar, voltar, infernalmente voltar!
Não! Não quero a chave do meu não cotidiano. Com tanto ar nos pulmões, seria eu minha mochila em fuga.
Tranquei minha barulhenta liberdade num balde imóvel no meu quadril.
Ninguém me pega dentro de mim.
Nem eu.


sem alardes


Ninguém sabe o dia exato mas não foi preciso de ocorrência policial,
tumulto ou piedade.
Não fez parte do regozijo da cidade.
No dia em que ela resolveu se esquartejar, fazia linda luz solar, pássaros cantavam, plantas, muitas plantas esverdearam.
Até sua cacela sorriu.
Naquele dia, ela marcou para o futuro a data da morte,
só não sabia como seria o corte.
O esquartejamento foi apenas o primeiro passo do rompimento
quando ela percebeu que não havia mais como harmonizar tantas pessoas em si e
deu para cada uma um departamento até o dia "F".
O vinho viraria seu livro aberto e jogando-o na parêde,
faria um silencioso ritual de tridentes espetando sua alma,
dando-lhe letras psicografadas e música da mais oculta madrugada.
Então, já sabem: quando o dia chegar, será também o dia que já foi!
No dia "F" , mais um cidadão terá cumprido sua missão na terra.

Maristela


Túnel do carpo

Do túnel do carpo a gilete se aproximou. As cordas são fortes, meu nêgo! Não é qualquer um que vai rompê-las sem antes gritar e pensando que conseguiu, desistir.
O tùnel do carpo guarda seus sons de mãos estiradas, de vontades guardadas, pedintes ou imploradas. Tocam sons de todos os tipos.
Os túneis são sempre claustrofóbicos. Voce nem sente.
A dita é : - Vamos Viver!
Confessa: Voce queria morrer!
Digo que já passei ridicularmente a faca e a gilete no túnel do carpo. Só arranhões foram feitos e nem o grito do Dan ecoou acalanto efeito pois, é vida o grito do moço.
Cordas quase musicais ligam o anti-braço às mãos.
Me matem por dizer que de óculos escuros sou apaixonada pelos suicidas mas,
acho que há tanta vida no túnel do carpo!
A ponta da faca também já tentei. Piada. Nem espetei. Apenas senti seu agudo.
Em nada de morte vou fundo apesar de querer ver o fim bem de perto e se
não dói em voce, é porque voce mente. Uma mentira que pode ser pequena mas te faz real. Túnel do carpo! Túnel da mente!
Nada de chumbinho para rato que esse é papo escolado!
"...movimento das águas! Movimento!..."
Tua alma e a minha já são o ápice da fisiologia que brilha e se apaga no céu.
Não rasgue o pulso num deleite Tarantino. Talvez dançar.
Qualquer som que nos valha dedilhar delicadeza e pulso no pulso do túnel do carpo.


Trilogia en-tri- dentes ao Cubo" - Satyri com


E eis que ele conheceu Satyro e inesperadamente
gargalhou, gargalhou, gargalhou...!
Sua tosse tuberculótica,
sua decadência material,
sua solidão,
foram todas absorvid as pelo Gran Circo da Rouquidão!
Lá estavam a mulher barbada, o poeta suicida, os anões apaixonados
e os leões cantores, á claro!
E se o grupo não tossia, era porq ria! Ria muito até fazer xixi nas calças.
É claro que se lavavam mas só depois da última história.
A que horas isso acontecia? Só Satyro sabia!
- E a função, quando começava? - Só depois das histórias acabadas!
A lona nunca desmontava antes da próxima madrugada e sempre chegava alguém
que, se não tossia, se parecia normal, Hum!? Isso cheirava mal!
Mas todos sabiam que era só esperar o rosto descascar para se sentirem
à vontade fazendo a própria vontade!
E a trapezista em delírio, balançava bem alto ouvindo nas estrelas as ditas
do Gran Circo da Roquidão!
Uma aconchegante lona Satírica!


posted by maristotelica.blogspot | 6:17 PM | 3 comments links to this post

sábado, setembro 09, 2006

sem alardes - ver em trilogia

No dia "F" , mais um cidadão terá cumprido sua missão na terra.

Maristela