sexta-feira, outubro 27, 2006

Querendo estar com Rilke


O poeta - Rilke


Já te despedes de mim, Hora.
Teu golpe de asa é meu açoite.
Só. da boca o que eu faço agora?
Que faço do dia, que faço da noite?
Sem paz, sem amor, sem teto,
caminho pela vida afora.
Tudo aquilo em que ponho afeto
fica mais rico e me devora.

R. M. Rilke - Tradç: Augusto de Campos

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Então me devora noite e dia e
madrugadas afora, vazias
sem que eu escolha
os talheres
de prata ou mão.

Sem que eu esboce lamento,
sorriso,
constatação.
Os goles de vinho adiarão
em bem-estar os dias teus afetivos.

Maristela Trindade

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Rilke...
sempre Rilke...
e as cartas a um jovem poeta... cartas a nós poetas...cartas para nós...
a sua já tá no correio.
Inspiração!!!
Inspira. Respira. Ação!

Bjosssssss

12:58 PM  

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