sábado, outubro 21, 2006

"Lá vem o homem, que matou o homem que... "


"Lá vem o homem que matou o homem que matou o homem mau."
"Lá vem o homem que matou o homem que matou o homem mau."
Trata-se de um caso policial. Ele é chamado de Poeta. Traz na boca palavras belas e debaixo da língua uma gilete estacionada esperando os pêlos e acertando em cheio a pele do amigo pelas costas.
Ele odeia as gentes, principalmente os que como ele, escrevem.
Uma agonia tão grande envolve esse cara que ele vive cuspindo disfarçadamente seu amargo nos livros dos caras. Mas rouba poemas e diz que são seus!
Locaço!
Não só os ratos enojam pessoas.
Cobras, lagartixas, animais gosmentos... E ele tinha essa devassa mente que se descabela com a existência desses "repugnantes"!

Repugnante é a capacidade que ele tem de odiar todos e parecer que não. Simular amar, gostar, sei lá...
Mais um suposto "são".
Pertence a uma raça hospedeira que nada de concreto desafia e só quer desafinar os cantos numa prática indecente de dissecação de cadáveres de poetas vivos.
Pois eu, uma eventual hospedeira, me enojo. Me enojo dos meus, dos seus, dos eus quando incendiamos o mundo com uma hipocrisia daninha, disfarçada de melodia querendo pisar-nos baratas.
Ele e outros são piores. Coleção de críticos desabilitados, que não evoluem nem bolas de sabão para que a ilusão seja plena.
E chamam os bêbados de "bêbados"! Os loucos de "loucos", as putas de "putas", com asco! asco! asco!
O bicho ruim acorda cedo porq ainda não dormiu sua peçonha e entre uma apresentação e outra de belas palavras e sorrisos, enche a cama dos parceiros com tachinhas douradas e finas pontiagudas.
Ele já feriu muitos. Prefere ferir do que matar para não ser pego em desatino.
Se por acaso voce for vítima do maldito, ao se deitar distraído perceberá que a convivência com esse homem, era o teu purgatório poético e com sorte, voce se erguerá sangrando e fará o teu trabalho com precisão.
Precisão. Procure a precisão. A escrita asfalteira e a distância certeira. Vai!
A polícia já fichou o cara. Ele matou um homem. Ao menos um, eu sei!
Falou tão mal dele para todos, extirpou-lhe as palavras dos eventos, minando-lhe a crença do cara singelo que em desvario pulou da janela do apartamento 1011 no Flamengo.

Eu conheço esse homem sem disfarce. Tenho uma marca nas minhas costas desenhada em dourado e eu tô vendo que voce também!
Cuidado. Ligue 22 e fuja sorrindo.
Tem gente atrás dele além dele mesmo. Um cara brabo que também já matou um homem mau. Tem um livro de cada um na casa dele autografado!- ao meu amigo, te dedico essas ditas!
Vem prá cá, vem pro palco que ele sai da sua mira!
"Lá vem o homem, que matou o homem, que matou o homem mal! Lá vem o homem, que matou o homem, que matou o homem mal! Lá vem o homem, que matou o homem, que matou o homem mal!"

5 Comments:

Anonymous Anônimo said...

texto lindo!!!
vc sempre certeira com sua adaga de bruxa-fada...
disfere palavras ao vento para rebater o mal que bate no seu escudo e volta pra quem o fêz...
a gente sabe do que vc fala...
e vc é sempre uma prataria antiga que repele as coisas ruins...
energia aos céus, minha nêga! Sempre!
amo vc!
Bjo
:***

10:07 AM  
Anonymous Anônimo said...

muy lindo

1:39 PM  
Blogger Unknown said...

Baby, cê virou uma máquina de escrever ???? Parece uma força da natureza. Ventania, cachoeira, pé-d´água !

9:41 AM  
Blogger Unknown said...

Baby, cê virou uma máquina de escrever ???? Parece uma força da natureza. Ventania, cachoeira, pé-d´água !

9:42 AM  
Anonymous Anônimo said...

hmm...jorge ben ben ben

12:44 PM  

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