sexta-feira, outubro 13, 2006

Eu abalo Sísmico. Voce minha Cisma.



eu preciso beijar voce deitar voce, me dar voce desvendar sua geografia perder a ironia de não te saber de cor se meu espelho me revela na calcinha vermelha encharcada de tudo que dentro em mim treme. Treme e torce líquidos que quase me afogam e se a minha fisiologia ainda não cometeu tal delito é porq expulsa o excesso quente e me cansa, descansa, dando-me a chance da espera. Logo eu que sou da dança me comprimo em celibato e erro tudo ao meu redor. Descompensada, quase dando risada dos atrapalhos que cometo te querendo. Que desvario é esse no bico dos meus seios, nos batimentos cardíacos, a falta de ar? Queria que a minha mão fosse a tua, meu dedo fosse o teu em penetra ação. Tens idéia da infinitude do meu corpo quando te imagino me tocar? Como se eu, um tanto miúda, ganhasse proporções de mar, de céu, de terras movediças e a velocidade da luz, lá longe, lá não sei onde! Com todas as músicas podendo vibrar em sons que ressonam de todo universo.
Eu abalo Sísmico.
Voce minha Cisma.

Maristela Trindade

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

adorei Maristela!
é a minha primeira visita, marestrela...
conhecendo-te pessoalmente, sua poesia não podia ser diferente!

beijoclas :*

7:38 AM  

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