quinta-feira, maio 24, 2007

Observo de longe a moça
que escreve,
que passa o tempo tilintando
palavras no vento.

Conhece a ressonância,
sente a física do universo.
Se tranforma em causa,
tal qual um raio.
Em efeito,
tal qual a chuva.
E brilha solar nas luas
dos viajantes.

Quer se aprender
com olho do cego,
sem se reter alma.
Quer (se) conhecer,
sem definir quem
ou "o quê"!

Essa moça que passeia,
vem de longe na minha casa,
furando o
meu telhado com seu
suspiro.

Eu senti,
e ri!
Ela passa por aqui
vagueando da África a
Botafogo, a...,
coletando pó de mentes
e estrelas encolhidas.


Para Lúcia G.

1 Comments:

Blogger Unknown said...

Palavras ao vento... penso ser o melhor lugar para elas. Só assim poderão semear a via Láctea e ouvidos fecundos que estiverem no caminho. Bjs mil. R.

2:29 PM  

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