terça-feira, agosto 01, 2006

Um dia para ler

Um dia para ler

O desejo se espalhava levemente por seu corpo (se ampliam em dias ciclos femininos). Era uma tarde tranquila lendo Anaís Nin e os arrepios dos contos eriçavam seus pêlos.
Fez uma pausa sem largar o livro - Delta de Vênus - enroscando-o entre os dedos e foi urinar. Ao entrar no banheiro, reparou como nunca no pequeno espêlho, há muito exibido, com sua forma retangular e emoldurado de madeira que pelo tamanho e posição, revelava direta e exclusivamente o quadril da moça, a curta camisa e a calcinha que lhe vestiam. Nada mais. O espelho viu seu desejo; a imagem da vulva atrás da malha, o alto das cochas...
Em alguns segundos seus dedos se encaminharam para o centro das pernas que sem censura, dedicaram-se às carícias que lhe lembrava os contos do livro.
Iniciou uma pesquisa geográfica quente, com seu tato alisando o calor do sexo que aumentava velozmente. Afastando a calcinha viu o rosa escuro com pêlos escolhidos na depilação. E mais; a "rima" no encontro dos grandes lábios que abriam o falso fecho, apontando a entrada do canal despudorado, sorrindo líquido.
As carícias aumentaram e ela, revirando os olhos, percebeu em cima da pia o repouso da nova escova de cabelo e...seu cabo.
Mordeu os lábios e não freiou o instinto lavando bem o objeto, principalmente... o "cabo". Usou álcool, deixando-o secar com o corpo tremendo em espera e os dedos em movimento.
O livro a olhava deitado na tampa do sanitário.
Com a escova já seca, recomeçou os caminhos percorridos na superfície da calcinha e nas pernas, provocou leves arranhões com o naylon que penteia os longos cabelos, passando-a nas partes finas até que o rumo da penetração foi encontrado.
Como que para um homem, a vagina se abriu com calma tranquilizando o verso aumentando as carícias, entregando-se a completo delírio. Apoiou-se em tudo para não perder a imagem refletida: box, bidé, pia... Foi como um banho de água quente e seu corpo subiu, desceu, cresceu... e entregando-se,... dissolveu.
Os sentidos eletrificados relaxaram como que sobre o corpo do outro e só algum tempo depois, retirou o objeto de dentro de si, tendo apenas um cúmplice.
Entrelaçou novamente o livro em seus dedos e dirigiu-se para a cama aonde nesses momentos, é pleno desfrutar.
Dormiu e sonhou.

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Maris!!!!
Você está demais. Rata, gata, tesa, tesuda.
"A vagina se abriu com calma tranquilizando o verso..." .Karaca! Que arrepio me causou. Eu não um poeta fingidor . Então eu juro que me instigou. Como gostaria de se transformar em cabo da escova de pentear cabelo. Viajei.
Que tal um pouco de ketchupe (???)e uma "manga" -pode ser o suco- por cima do ato?

9:36 AM  
Anonymous Anônimo said...

Marisssssssss!(barulho de rata roendo papel)

amo, amo, amo, amo, amo muito esse seu escrito!

Bjos
Juju Hollanda

Comente no meu tbm=(

2:55 PM  

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