quarta-feira, julho 19, 2006

CHUVA MENINO

Os chinelos na chuva, olhavam as poças d'água.
Os pés, um atrás do outro, seguindo o dos outros.
Nenhum rosto se via ali quando a mão do menino atravessou o ar do meu meio, quase parar.
Aberta a vóz, pede um trocado competindo com o som da tempestade.
Nós dois ali, no meio da rua alagada, sem guarda-chuva, sem dinheiro, sem nada.
Dei uma cabeçada na minha reflexão quando rápido, me vi agradecendo ao íntimo por não ter que mentir para ele ao dizer que não tinha tostão.
Como se isso fosse bom para mim ou, se fosse ele, bom para quem... -
Me afoguei no pensamento idiota.
Ainda estou completamente chuvada!