segunda-feira, maio 08, 2006

Não adianta que eu não vou enfiar nenhuma calcinha apertada na minha bunda, nem ataduras de gaze ou sapatinhos de lã.

De muitos poetas amados meus
muitos tem desejo de morte
Alguns vão negar,
outros vão calar,
e uns se matar.

Lhes apertam ainda os sapatinhos de lã colocados como destino nos pés recém-nascidos.
Aquele troço quente que fervia nossas mentes nos primeiros dias de gestação.
Calcinhas enfiadas, grifes decoradas, super fálicos-carros...
Assim seria a repetição
Porém os olhos desses nossos, vêem cores diferentes.
Vêem sementes no chão.
Percebem ética em deturpada estética.
Ninguém nota! Coloca logo na escola?!
Talvez alguém perceba!
E tem que ser o que basta para ficar descalça.
Então eu afirmo que não vou enfiar nenhuma calcinha apertada na minha bunda entre outras ataduras, seguindo o destino cristão! Sai dáqui paizão!
Prefiro descosturar sapatinhos de lã há muito apertados.
Sem sapatos e sem calcinhas enfiadas,
o poeta vive de se
despir.
E voce? Tem uma poema, aí?
Calcinha enfiada na minha bunda, NÃO!

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

o poeta vive de se

despir



bjo de arrudA

11:44 PM  

Postar um comentário

<< Home