quarta-feira, julho 19, 2006

NUMA NOITE QUALQUER

Calcei a pedra, vesti a corda, coloquei o chumbinho no bolso, abotoei as navalhas, prendi em cada fio de cabelo os afiados arames, burrifei stricnina e passei formol nos lábios.
Naquele dia eu precisava relaxar!
Saí e cuspi no par de saltos finos que sempre vomitam o jantar anoréxico no saco plástico do hommo sapiens faminto. Imediatamente o filet ficou rôxo suculento.
Dei mais uma volta e olhei para o bueiro, acenando para baratas, ratos e largatixas devoradoras de insetos.: -Volto já amigos!
Não podia parar nesse momento. Caminhei um pouco mais e queimei toda a biblioteca de livros mofados pois sentia muito frio.
Continuei até o trago de cachaça babada compartilhada com o andarilho e seus piolhos. Tres horas de espirros, escarros, carros, grunhidos e sustos provocados com a visão que eu provocava. Gargalhei e voltei para casa descansada.
Eu realmente andava muito tensa!

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

é bom relaxar...tb me sinto melhor com os meus:baratas,guimbas e as coisas do chão que se rastejam mas são felizes por poder olhar por debaixo da saia das urbanóides no verão.

4:10 PM  
Anonymous Anônimo said...

linda Linda. Muito bao isso que escrevestes tu. Aplausos de pe. E continuo lendo para mais surpresas. Com beijos, vou-me. Aouila

12:44 PM  

Postar um comentário

<< Home