domingo, fevereiro 04, 2007

O massacre de Focault

"Um livro é um animal vivo."
Aristóteles


Sair!!
Ficar!
REINVENTAR!
Eu não passo despercebida mesmo quando tento.
Não sou o sol mas sou da luz clara!

Luz que às vezes maltrata os olhos alheios.

O controle quebrou.
Quebrou, fudeu!
Razão social: culpada.
Ladra de luzes!
Perdida,
na escuridão ofuscada!

Não sofra Foucault pela micro-física
do poder que contamina continuamente.

Julgamentos!

Digo que entendo a insuportabilidade e a atração
que provoco.
Mas
não saio sem abrir as pálpebras feridas e
dilatar
as mentiras dos que não se dizem
meus parceiros: são ladrões!


Como eu, roubam sem querer roubar
as luzes das almas e,
as devolvem em arte ou enfarte.
Nos achamos banhados na boa vontade.

Meu controle quebrou mas guardo uma
certa ética que aprendi com os mais
experientes:
saber-se ladrão é buscar a clara escuridão.
Ignorar, é tropeçar na sombra da falsa luz.

Sair! Ficar!
Reinventar!
Vocês que ficam na consciência do que representam,
apaguem as luzes em silêncio,

segurem o espelho em frente a face
na coragem de ser o que são e,

cuidado: todo controle quebra podendo
o martelo da "justiça", prazeirozamente,
te triturar na escuridão.