domingo, fevereiro 11, 2007


Havia um silêncio mentiroso em mim.
Um silêncio lotado de sons zombeteiros
com os quais não soube brincar.


Do silêncio,
quero o silêncio como me ensinaram que seria,
silêncio!




E eram muitos os sons!
Vozes sem corpos,

timbres alheios transbordando
o meu imaginário numa
zueira infernal.





Agora
estão calando.

O cansaço,
a exaustão
me levam de volta ao meu avesso.
Espaço de dobraduras onde
em algum canto encontro,
sem as explicações que tanto procurava,

um pouco de paz.


imagem de Marcus Vinícios

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

'as vezes o maior silêncio pode ser o nosso melhor grito. bjo bjo bjo

4:55 AM  
Blogger Unknown said...

poema lindo ! as imagens em pas de deux com o poema. junção plena. seu espaço possui um amadurecimento que me inspira. é blog-linguagem. não seria igual em qualquer outra mídia. parabéns & beijos meus.

10:26 AM  

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