terça-feira, março 07, 2006

Novas máscaras

Máscaras

Me desculpem mas, é preciso de mais silêncio.
Nada além de nós nesse lugar,
já é mais do que o suficiente.
Já se foram tantas!
Uma máscara de cada vez e já é muito.
Um tempo para o movimento que transforma
o passado em um segundo,
dando a mão para futuro: tudo agora é presente.
É preciso uma adaptação para o que vem surgindo de mim como a minha nova cara.
Arranco a máscara mas,
sem relógio.
Um metrônomo seria o ideal.
O tempo rítmico, limpo, marcado com
alterações que posso oscilar.
Bem melhor do que o tempo estipulado no
tic-tac das programações tele-alteradas.

Tudo pronto: os sentidos, máquina de inteligência.
Todos acionados.
Silêncio. Ouçam a dor!
Cada fibra muscular se contrái e estira em partes diferentes do meu corpo.
É claro que posso vomitar.
Mas desmoralizo os conceitos dessa dor .
INSISTO.
Já são duas de mim nesse momento.
Que venha a outra pois, o tempo dessas
já passou.
Eu, "mulher coisa", vou!