sexta-feira, março 03, 2006

Meninos,não vi!
Juro que não vi nesses dias de momo,
as tenebrosas visões de dois anos atrás quando
andava em ipanema e aquele homem enorme,
branco, largo, se degladiava contra a quina
de uma parede de rua.
Ele não mijava como qualquer cervejeiro,
gringo ou brasileiro fedendo e molhando os pés da gente (ai q bom seriam os banheiros descentes!Prá mulher é foda.)
Meninos, eu vi!
Naquele dia infernal,
aquele gigante desgraçado comprimia contra a perade
duas magras perninhas negras,
com a altura da cabeça proporcional aos quadris do branquelo.
Provavelmente uma propina safada e a fome daquela criança
com oito médios anos de estrada ralada,
pagando um boquete,
satisfazendo a pedofilia liberada e
vendida nesse país de festas.

Meninos, não vi!
Esse ano não vi meus nervos pularem,
meus gritos saltarem como naquele dia,
à não ser para reverencia o velhos Barbas,
a loucura da seguda na Cobal,
o êxtase do Bangalamunga do mestre Chacal,
com direito a honra de ver seus olhos brilhando de alegria!
Vi a Gávea festejando como em 1940.
Vivi rítmos da Charanga 3D,
fazendo a noite derreter!

Mas não vi,
não quero ver o que sei que rola e é de fuder.
Meninos, eu juro; não calo mais com tantos injúrios.
Todos voces vão saber até que muitos possam fazer,
o mesmo que meus admirados da poesia, prosa,
crônica, arte ou porrada...fazem: viver por fazer,
viver numa terra que vê e não permite a nojeira,
deixando despatriada a terra
Carnaval, aval, potencial...

Meninos, não vi!
Mas se verem,
Passa a charanga neles.
Atitude é um puta quitute!
AXÉ!