segunda-feira, março 06, 2006

Matchoclaustrofóbico

Meus peitinhos arqueológicos,
já foram fábrica de leite e agora
guardam enfeites para bocas sorridentes.
Mas tem homens de 60 à 30 que como nos filmes,
são espadas samurais: justos e atraentes;
sedures como a gente.
Livro místico sem palavras
e a mulher se enfeita....

Mas a sessão dura dois meses, duas horas,
em geral. Doze minutos, sendo um curta,
e o herói sai correndo com a mão na frente,
apertando a bunda,
com medo de se fuder na ternura contínua.
Esses homens estão na moda.
Estão na Lapa, em Ipanema.
Cantam, dançam, sapateiam e
acordam ao lado da moça com
claustrofobia: - Eu quero mamãe!
É uma pena pois, são muitos!

São muitas as moças também que procuram o herói
vestido de gay.
Gay é gay e não os troco por ninguém.
Mas prá esses matchos que eu não entendo,
mando carinhos musicais pelo celular, internet...
Chamo por ele com voz de Lilith sem intenções precisas
pois, o que importa é perpetuar a lida
da memória, das sensações, das amizades fluidas.

Viva os desmemoriados de traumas,
engolidores de fogo,
pipoqueiros sorridentes.
Tomar um vinho devagar e
beijos,
lentamente!
Namorar é bom demais!