quinta-feira, fevereiro 22, 2007



Quando,
de súbito o computador se torna uma chatice,
o blog parece um frog e eu, sem nenhum pique pra pular teclados...
Abro a caixa de emails e sinto um grande tédio observando esse correio
sem selo, saliva, com algumas atrações especiais e desejo ir pra rua! AH, se essa rua fôsse minha!
Quando vários blogs se tornam lindos e interessantes, um "ticket to ride" mas o que eu quero mesmo é uma carona inesperada surgida não sei de onde para donde... Talvez, dentro de uma história qualquer!
Quando um ciclo se renova e a casa, o corpo, a comida, quase todos os hábitos
e os hálitos
modernos e inteligentes devem ser parte da mudança...

Rogo por uma leveza mais antiguinha,
com cheiro de planta que a Fernanda Young
detestaria.

Quando a poeira no computador não atrái a limpeza diária,
não vale uma carta,

um poema de amor,
uma doação qualquer...

Hora do café.

Quando o "quando" que quero se revela num blues voando pela casa,
numa especiaria, num vinho lua
ou no cansaço praiano, com um livro adormecendo em cima do meu corpo estirado no sofá até...

Até que chega a hora da inquietação me bater e eu começar a escrever sem noção do que é bom ou mal
afinal,
escrever é tão normal!
Tão normal quanto ir ao cinema, chorar ou sorrir, desmanchar o namoro, dormir com alguém sem previsão da semana que vem!

Escrever é tão normal que
não quero mais entalar os artigos definidos pra ficar
por dentro das exprssões e fora das minhas conecções.

O "A", o " AS", bando do fluxo de palavras-vitais
desenhando corpos com idéias, réplicas das anatomias mortas dos livros.
Os vivos, nunca experimentei em nanquim.

Escrever e esquecer definitivamente de querer ser brilhante e brilhar com o reflexo solar na folha branca.
Tô entediada mas não quero morrer, não quero matar, não quero saber dos
malfazejos
dos amores que eram eternos, mesmo os dos amigos mais sinceros
e
armados.
Aturar as chatices, os exageros, as distrações e até meu poder
de sedução - correndo um infanto-risco constante!
Um circo levemente perfumado com essência masculina e óbvio jeito de mulher.

Pra que nesse momento,
saber tanto de tudo,
do tudo que se quer!
Escrever o "quando"
se é tarde
e estou cansada no tempo,
quase sonhando?!
Tô quase ...
Quase "quando"

1 Comments:

Blogger Unknown said...

tá prenha! vá parir primavera, uma nuvem em forma de jazz, um arquipélago nas antilhas, três flores, cinco relâmpagos, este poema sem nome que começa com a palavra quando, uma filha.

10:37 AM  

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