terça-feira, dezembro 26, 2006

Descalça Tereza

Descalça Tereza caminha
sem cama
cansada da guerra, cansada
da gana.


Descalça Tereza na noite
vadia
pesando sorriso, pisando
na ira.
Descalça Tereza se prega
estátua
a dor e a pedra, na lasca
da estrada

Descalça Tereza se encolhe
escolhida
cuspida no forno, rotina da
vida.

(50 graus nos calos)

Descalça Tereza não pede e não
manda,
Engorda inteira e de sonhos
se encanta
Descalça(s) Tereza(s) partiram
sem manta,
unhando a alma da pele
humana
Aonde vão tantas "Descalça(s) Tereza(s)" sem Silva,
sem Lima, sem nada,
sem nada?

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

gosto demais desse nome. tereza... cansada de guerra? ainda não li este livro, uma pena.
e onde estás, Maristela, donde neste país tão continente?
estão deliciosos teus poemas, dão gosto de ler!
mais saudações fraternas,
Palena

2:51 PM  
Anonymous Anônimo said...

gosto demais desse nome. tereza... cansada de guerra? ainda não li este livro, uma pena.
e onde estás, Maristela, donde neste país tão continente?
estão deliciosos teus poemas, dão gosto de ler!
mais saudações fraternas,
Palena

2:51 PM  

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